O PODER DO MITO
DA MANIPULAÇÃO À LIBERTAÇÃO
Resumo
As histórias de contos de fadas e outras construções simbólicas sempre mexeram com o imaginário das pessoas ao longo dos tempos. As fantasias e as construções místicas tiveram e têm ainda nos dias de hoje, um importante papel no que no cotidiano das pessoas e no simbolismo que muitas vezes explica nossas vidas. Se na antiguidade tínhamos os contos de fadas e outras construções fantasiosas, a partir de um certo momento na história tivemos as construções românticas e, por fim, desde meados do último século, ganhou importante destaque as telenovelas, cuja influência tem se dado tanto no campo cultural, como comercial e até mesmo político, pois trata-se, muitas vezes, de uma construção ideológica para atender a um ideal de sociedade ou valores de uma dada cultura. Têm servido para entreter, mas também para criar conformação e moldar a opinião política de seus espectadores. No presente trabalho pretende-se fazer um estudo das histórias fantasiosas como um todo, sobressaindo-se a telenovela Roque Santeiro. Seu principal objetivo é entender as consequências destas histórias na sociedade contemporânea, sendo este o principal objetivo e também a base para a problemática. Buscar-se-á estudar ainda o modo como se dá a manipulação exercida por estes meios de comunicação, bem como sua amplitude de atuação, seja ela voltada a libertação ou alienação do grande público. O trabalho tem por objetivos específicos estudar os contos de fadas e histórias fantasiosas ao longo dos tempos, investigar os interesses existentes na telenovela Roque Santeiro e entender como se formam os mitos reais existentes na atualidade. A metodologia utilizada neste trabalho é de cunho bibliográfico, onde utilizou-se autores como Nelly Novaes Coelho, Walter Benjamin e Castells, além de utilizar-se de vários elementos da telenovela Roque Santeiro, como por exemplo imagens que ilustram situações pertinentes ao mesmo, tratando-se de uma fonte histórico-cultural de recursos audiovisuais. A pesquisa ocorre de forma bibliográfica e fílmica, em artigos, livros e periódicos que tratam de temas como: cultura de massa, comunicação visual e entretenimento, assim como se precede a própria análise dos capítulos da telenovela, apresentada entre os anos de 1985 e 1986 pela Rede Globo de Televisão.