GÊNERO E FORMAÇÃO DOCENTE

(RE)PENSANDO A FORMAÇÃO DE PROFESSORAS/ES PARA A ABORDAGEM DE GÊNERO EM SALA DE AULA

  • Mariana Thomé
Palavras-chave: Gênero, Educadores, Formação, Escola, Diversidade

Resumo

Este trabalho discute a relevância de formar educadoras e educadores para trabalharem com as questões de gênero no espaço escolar. A pesquisa foi desenvolvida no Colégio Estadual D. Pedro I – EFMPN, no município de Pitanga-PR. Utilizou-se de pesquisa de campo, bibliográfica, exploratória e descritiva, com abordagens qualitativa e quantitativa. Os participantes da pesquisa foram professores com a faixa etária de idade de 24 a 50 anos. Para a coleta de dados foi utilizada a plataforma Google Forms para aplicação do questionário. Nos últimos anos, diversas/os autoras/es têm apontado a existência de dificuldades que professoras e professores enfrentam no tratamento das questões de gênero em suas práticas pedagógicas. Tal fato acontece, em parte, por decorrência de muitos preconceitos e crenças pessoais arraigadas e equivocadas, os quais estão impregnados no imaginário das/os docentes e inviabilizam tais discussões em sala de aula. Assim sendo, problematizamos o seguinte questionamento: como é possível favorecer uma formação que vá ao encontro das dificuldades e consiga munir as/os docentes de estratégias didáticas e metodológicas para a incorporação das discussões de gênero e diversidade em suas práticas pedagógicas? É necessário ir além dos estereótipos, desconstruir o preconceito que existe na nossa sociedade, principalmente no ambiente escolar onde a escola deve apresentar meios que facilitem o trabalho com o tema e que não seja uma dificuldade, mas um processo que auxilie os profissionais para proporcionar mudanças pedagógicas no combate ao preconceito e na construção de uma pedagogia baseada no respeito às diferenças. Para discutir tais questionamentos, partimos dos pressupostos dos Estudos de Gênero e dos Estudos Feministas, em fontes primárias e secundárias. Os resultados apontam que se educadoras e educadores têm o espaço propício à formação para problematizar suas concepções, estigmas e preconceitos, podem então, sucessivamente, incorporar tais questões em suas práticas pedagógicas.

Publicado
2020-03-11
Edição
Seção
Artigos