FERTILIZAÇÃO E CORREÇÃO SUPERFICIAL DO SOLO AFETAM A ACIDEZ DO SOLO E O RENDIMENTO DO TRIGO EM IVAIPORÃ, PARANÁ
Resumo
Solos ácidos, alteram a disponibilidade dos nutrientes essenciais para o desenvolvimento das
plantas e tornam alguns elementos tóxicos às plantas. Por isso a correção da acidez do solo é
essencial para a produção e desenvolvimento das plantas, uma vez que provoca a
neutralização dos elementos tóxicos, fornece Ca e Mg as plantas, eleva o pH do solo com
consequente aumento na disponibilidade dos nutrientes. O objetivo do estudo foi avaliar os
efeitos da aplicação de diferentes corretivos na superfície do solo em Ivaiporã, PR. O
experimento foi realizado a campo sob o delineamento experimental sistemático com 3
tratamentos e 10 repetições. Os tratamentos foram constituídos por aplicação de calcário
dolomítico na dose de 440 kg ha-1, PRNT 75; calcário dolomítico na dose de 440 kg ha-1 +
gesso agrícola com dose de 198 kg ha-1 e Fertilizante Calcite® na dose de 166 kg ha-1.
Avaliou-se o efeito dos tratamentos sob o pH do solo nas camadas de 0-10 e 10-20 cm,
variação de pH, produtividade, altura de caule e tamanho de espiga. Os dados foram
submetidos à análise de variância e as médias foram comparadas pelo teste de Tukey, a 5%
de probabilidade. Nas camadas de 0-10 e 0-20 os tratamentos não diferiram entre si para pH
do solo, 90 dias após a aplicação. A variação do pH indicou que em ambas as profundidades,
os corretivos atuam na correção em superfície e em subsuperfície. As maiores médias de
produtividade foram obtidas com calcite (5.224 kg ha-1), o qual não diferiu do tratamento
com calcário + gesso, porém diferiu do tratamento apenas com calcário, estes apresentaram
produtividade de 4.728 e 4.424 kg ha-1, respectivamente. Para número de espigas, as maiores
médias foram obtidas com calcite (424), seguido por calcário (359,6) e calcário + gesso
(358,4). Para altura de caule e tamanho das espigas, os tratamentos não proporcionaram
medias distintas entre si. Nesse sentido, os resultados do presente estudo indicam que os
corretivos avaliados são capazes de corrigir o pH do solo nas camadas de 0-10 e 10-20 cm;
que o corretivo calcite é o que proporciona maiores produtividades e maiores números de
espigas por m2 à cultura do trigo, e que a associação calcário + gesso, provoca aumentos na
produtividade da cultura, quando comparado ao corretivo utilizado isoladamente. Além
disso, os tratamentos não influenciam no tamanho de espigas e altura de caule